quarta-feira, 24 de março de 2010

Ma Chérie

Quando longe, fantasio sua companhia
Quando perto, fissuro seu beijo
Quando em público, suplico por nossa ausêcia
Quando com sede,sacio nela
Quando exposto, a discrição
Quando em entrelinhas, a paixão
Quando juntas, o amor, o desejo e a paixão

Deformidades

Algo que está onde não pertence
Mas está lá
Sem nem pedir licença
Ele está lá
Algo que não é meu
Algo que não é seu
Um acumulo de erros.

Ela

Beijos apertados
Intimidades compartilhadas
Vejo seu rosto no escuro
Escuto sua voz
Suave para que ninguém saíba
Daquela hora nossa
Carícias com paixões secretas
Horas se vão
A noite se vai
Sonhos se vão
Um novo mundo de manhã
E agora? O que faço?
Que se depois de desfrutado eu viciar no seu sabor.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Utopica

Vivo na utopia de que um dia a ideologia dos sábios antigos se torne realidade

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Amor: Paixão: Desejo:

Amo o eu em corpo de outro.
Amo nossas almas que mesmo longe
estão juntas e sincronizadas.
Amo quem um dia foi meu filho.
E hoje é meu companheiro e amigo
Dentro desse amor, existe uma paixão,
que já não arde em chamas,
mas permanece eternamente ascesa,
Nele desejo que nossa sintonia seja eterna .

Apaixonada por um desconhecido.
Apaixonada pelo que ele têm a me ensinar.
Apaixonada pela dúvida e imagem que crio dele.
Nessa paixão platônica, o desejo já se foi
e o nosso amor é pela subversão.

Desejo ela:
Maravilhosa, virginal e intelectual.
Desejo sua inocência com gostinho de conhecimento.
Desejo sua boca pequena e gostosa.
Desejo sua companhia e amizade eternamente.
Em meu desejo, conquistei primeiro o amor,
que já é grande e assim como a amizade é eterno
Nesse desejo existe a paixão e é nela que descobrimos
que nossas bocas combinam quando juntadas.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Deixe estar

a idade adulta me chega
com alegrias, decepções
e muitas perdas

o tempo passa,
e o que hoje estava alí,
agora já não existe mais

se decompoe dentro da terra.

seu rosto sem expressão,
não parecia que dormia.

sinto a morte soprar
levinho no meu ouvido
e me causar um arrepio

lembro da imagem dela
morrendo na minha frente.

carregar seu cadáver,
sentindo
seu corpo mole
sem força
e sem vida

sua cabeça caída
enquanto a segurava em meus braços,
que fracos não aguentavam a sua perda

lágrimas rolavam no caminho do seu socorro,
ela ao meu lado
queria não acreditar
que sua alma já se fora
e que seu corpo estava morto.

muitas lágrimas,
muitas perdas,
muito pouco tempo.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Homenagem ao Carlos Marighella


Liberdade

Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.

Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essa audácia importe.

Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.

E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome”

Por Carlos Marighella, em memória da sua luta contra ditadores.